sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Mondo Birre: Cervejaria Gourmet

Nesta quinta-feira, 24, estive no Mondo Birre com meus colegas de faculdade. O grande objetivo da visita era levantar dados secundários para um projeto de reposicionamento de uma cerveja no mercado. Em meio a um cardápio com mais de 150 marcas de cerveja e de diversos tipos, alguém ousa me perguntar se mudamos o rumo da conversa?

Quem nos recebeu foi o gerente, Joaquim, e nos apresentou os vários ambientes da casa, o conceito da decoração e algo sobre a história do Mondo.

Sem muita preocupação com o tempo, logo tratamos de começar a degustação do "produto tema" da casa: é claro, as cervejas. Mondo Birre significa Mundo das Cervejas em italiano (nome sugestivo, se é que você ainda não percebeu). Logo me lembro do garçom deixando em nossa mesa um balde de Heineken, novidade da casa, onde vieram 8 garrafas de 600ml e acreditem, é extremamente agradável a sensação de recebê-las em meio a um projeto de faculdade! Ah! Recordo-me ainda daquele aperitivo maravilhoso que nos foi servido!

Alguns copos depois, voltando ao que realmente estávamos em missão, entrevistamos o Toni, proprietário da casa e responsável por um que é, sem dúvida, um dos principais ambientes noturnos de Curitiba, que há 6 anos vem marcando presença cada vez mais forte.

Da esquerda para a direita: Fábio, Estefano, Toni, Wagner e Rodrigo.

Durante uma conversa agradável e descontraída, muito se extraiu para entender a chave do sucesso do Mondo Birre. Para começo de análise, o público do bar é da geração X, figurando entre os 21 e 25 anos.

A decoração tem um tema central: países x cervejas. A intenção do trabalho é ambientalizar cada espaço com objetos, cores e móveis típicos de vários países pelo mundo. Lá vimos um pouco de Irlanda, Inglaterra, Japão, México, etc, e isso só na decoração! No cardápio, cervejas de todo o mundo, além dos países já citados, encontramos as belgas, alemãs, francesas, americanas, argentinas (ufa...!) e por aí vai!

A grande jogada é o Marketing Viral. Nada de muitos flyers com baixa taxa de retorno, nada de publicidade ou merchandising caros e de pouco retorno... A força da marca Mondo Birre, após os seis anos de presença, já ajuda muito. Para reforçar, nada que um contato mais próximo com o público não reforce os laços com o cliente: hostess na entrada!

Realmente, pelo conhecimento que tenho na noite curitibana, não é grande a lista dos clubs que eu me recordo que tenham mais de 2 ou 3 anos de atividade. Méritos ao Toni, que a cada dia leva o Mondo um degrau mais acima. A seguir um pequeno "bate-volta" com o Toni:

MPE: Perfil do frequentador do Mondo:
Toni: Classes A e B, 21 a 23 anos. Tende a subir para 25 a média.

MPE: Estratégias de Marketing e retenção de clientes:
Toni: Marketing Viral e direto. Não vale a pena gastar com milhares de flyers que dão pouco retorno. Trabalhamos com contato direto pelo telefone com os principais clientes.

MPE: Cerveja de maior volume de vendas:
Toni: Heineken.

MPE: Repercussão do chopp da Klein Bier:
Toni: É cedo para avaliar, mas pelo que percebemos até o momento é positiva em relação aos três tipos (Pilsen, Stout e Brown Ale).

MPE: Motivo por trabalhar com o chopp Klein:
Toni: A brown ale e a stout. E é claro, a qualidade.

Aos que não conhecem o Mondo ainda, recomendo. Apreciadores de cervejas, de música boa, de ambientes agradáveis... tudo isso você pode encontrar lá. É claro, a visita não poderia terminar diferente: com uma cerveja! Particularmente, optei pelo chope Stout, da Klein!

Sites relacionados:
Mondo Birre: http://www.mondobirre.com.br/
Klein Bier: http://www.kleinbier.com.br/
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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Tendências de mercado: o rumo da alimentação

A bola da vez é a alimentação. Um grande e potencial mercado está se desenvolvendo cada vez mais rápido, o da alimentação vegetariana.

Numa sociedade orientada para o "churrasco" como um dos principais eventos de socialização nos fins de semana, a vida sem carne pode se parecer um imenso universo cinzento e obscuro onde as televisões transmitem somente comerciais das Casas Bahia. A grande sensação do domingo é aquele "pão com linguiça" (sem trema) e uma "breja" trincando de gelada.

De fato, mercadologicamente falando, é um grande potencial para cervejas (leia-se Inbev dominando), carnes (de passagem lembramos a fusão JBS-Bertin), eventos, churrascarias, etc. O que não lembramos (normalmente) é que toda moeda possui dois lados.

É um grande erro ou negligência negar que o mundo está passando por uma revolução de alimentos e por que não de consciência ecológica? Cada vez mais o consumidor busca produtos que beneficiem sua saúde e agridam menos o meio ambiente. Ainda que tardia, pode representar um respiro aliviado para o planeta, ou então uma última tentativa de reação da humanidade. De fato, o consumidor procura cada vez mais produtos naturais.

Grandes empresas já perceberam esta tendência, tomaram nota e começaram a conquistar o mercado que surgia. No caso da alimentação de produtos a base de soja, a Sadia e Perdigão já possuem suas linhas, onde há produtos que vão desde hambúrguer até salsicha vegetal. São empanados de soja, lasanha, strogonoff, etc. Pequenos produtores começam a surgir no embalo desta tendência, isso sem falar dos restaurantes vegetarianos e naturalistas que aparecem cada vez mais.

O Brasil está em segundo lugar no ranking dos países onde mais cresce o número de vegetarianos, ficando atrás apenas do Canadá! Quem confirma o crescimento é a maior empresa de pesquisas de mercado do mundo, com o impressionante número de 28% de pessoas procurando reduzir o consumo de carne.

Este número não é impulsionado apenas pela questão da saúde. Já pela saúde, a tendência baseia-se num forte argumento, mas as questões se alastram por muito mais áreas. O vegetarianismo trata-se de uma postura de vida, onde aspectos éticos, sociais, políticos e ambientais são considerados. Em geral, o conjunto de argumentos contra o consumo de carne constituem um arsenal pesado contra as churrascadas de fim de semana, dos quais nenhum vegetariano costuma pensar duas vezes para utilizar.

A grande guerra moderna é travada por empresas. As líderes se mantém lá somente visando tendências e antecipando-se. Os grandes exércitos, batalhas sangrentas e disputas de poder pela força e pouca política, a que se referiam Maquiavel e Sun Tzu em suas principais obras, hoje foram substituídas por batalhas de mercados de grandes empresas que se degladiam diariamente em disputas pela preferência do consumidor. O consumidor, por sua vez, continua sua ingênua ânsia por um mundo digno, justiça e igualdade, onde os seus filhos possuam uma vida mais confortável mais segura, produtos de maior qualidade e preço justo. Nessa controvérsia onde de um lado o capitalismo começa a tornar-se mais selvagem e com seus "fins justificando os meios" e os consumidores mais conscientes e ideologistas, quem está certo? Até que ponto as empresas estão sendo "desleais", antiéticas? Não estão somente resistindo ao mundo moderno? Afinal, o canibal só mata o semelhante para sobreviver...

Saiba mais sobre vegetarianismo:
Vista-se:
http://vista-se.com.br/site/
Cozinha Vegetariana:
http://cozinhavegetariana.blogspot.com/
Sugestão de documentários:
Earthlings - Terráqueos (disponível no You Tube)
A carne é fraca
Não matarás
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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Troco 3 maçãs por 2 melões e 7 pinhões!

Domingo de sol em Curitiba. Como qualquer curitiboca que se preze, vez ou outra é de praxe fazer algum programa cultural pela cidade. Conhecida por sua quantidade enorme de parques e pela cultura que exala a região histórica de Curitiba, seus teatros, faróis do saber, feiras e tantas outras manifestações pela cidade, Curitiba só não tem opções de lazer para que não quer, realmente (sem contar que o preço do ônibus no domingo é R$ 1,00).

Fui presenciar a feirinha do Largo da Ordem neste domingo e fiquei observando por alguns minutos como funciona o esquema da feira. Por natureza, estas feiras que existem pela cidade inteira nos trazem as raízes do comércio na época medieval. Felizmente ou infelizmente, não precisamos mais levar sacos de mercadorias para trocar na feira pois, pelo que me consta, já inventaram algo chamado dinheiro.

Ainda que não se façam trocas (normalmente) na feira, é um excelente programa para o domingo, um certo ar de estar numa época longe do século XXI nos vem à tona e nos sentimos como crianças num parque de diversões colorido.

De qualquer forma, para os que estudam o mercado e suas tendências, a feira é um prato cheio para analogias.

Você pode encontrar uma quantidade enorme de artesanatos por lá. Econtra também peças de antiquário, sebos ao ar livre, comida de feirinha, doces artesanais, roupas, etc.

São tantas opções de compra, mas quem vai à feirinha geralmente não compra absolutamente nada (é o meu caso). O que realmente conta é o prazer de passear naquela gigantesca feira que se estende por várias ruas perto do Largo. Diversão a parte, ficou no ar uma dúvida: há uma tendência de as pessoas procurarem esses tipos de ambientes e situações de outras épocas?

Seguindo a velha lei "nada se cria, tudo se modifica", sabemos que, assim como a moda, existe um ciclo que trabalha a releitura de costumes e processos antiquados.

O povo curitibano é realmente diferente e alguns até dizem ser estranho. A forte influência europeia que a cidade teve desenrolou-se no aparecimento de um consumidor extremamente exigente. Particularmente, aqui fala um curitiboca de peito e alma, mas analisando o consumidor percebo um certo preconceito em relação ao "novo". É claro, existem ambos os lados, em contraponto a este exagero que se torna preconceituoso, temos pessoas muito mais cultas e exigentes, isso se traduz nos indicadores sociais.

Entender as tendências não é tarefa muito simples. Apesar de serem "estalos" que nos vem num momento descontraído, a lógica da atividade possui dados estatísticos, históricos, humanos, culturais, econômicos e tantos outros fatores. São destas tendências que surgem excepcionais oportunidades de negócios e com toda a certeza são poucos os que conseguem entender as pistas do acaso, porém, aos que os compreendem o destino reserva, em sua normalidade, uma generosa e gorda conta bancária!
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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

"Get rich or die tryin" - Tittãs Basketball

Já dizia o título do filme "Ficar rico ou morrer tentando". Seguindo essa linha de extrema determinação e foco nos objetivos, gostaria de destacar um projeto esportivo em Curitiba. O Tittãs Basketball, equipe liderada pelo técnico Roberto Souza, o Beto, é um exemplo vivo de como é essencial determinação e foco para alcançar resultados.

Vai aí, já de começo, uma importante dica: sejá lá qual for seu objetivo pessoal ou profissional "é essencial determinação e foco para alcançar resultados".

Vamos lá, conheço o time do Tittãs já há alguns anos, me lembro de uma oportunidade que tive de participar de um treino, na PUC-PR. Épocas de campeonatos locais de basquete de categorias de base, sub 15, sub 17, Liga Escolar, Copa da Prefeitura, Jogos da Primavera e por aí vai. Para muitos atletas, há o grande sonho de se tornar um jogador profissional, certas vezes é muita utopia o sonho da NBA (é utópico mesmo?), para outros é somente pelo prazer de jogar basquetebol. Alimentando estes sonhos, aparece o Beto, treinador das equipes do Tittãs, que possui um papel muito maior neste processo. Ele mesmo administra toda a equipe, desenvolve materiais gráficos para o site e banners, corre atrás de patrocinadores, cria projetos de inclusão social, camps e tudo mais o que imaginarmos ligado com marketing esportivo, relações públicas, etc.

Com muito esforço e dedicação, o projeto Tittãs Basketball segue crescendo e já tem registrado um trabalho com mais de 1000 atletas desde o início de suas atividades! Com um foco muito mais social do que capitalista, trata da inclusão de jovens de camadas mais baixas da população no esporte.

A nível social, está tudo ok, o projeto vai de vento em popa. Mas o projeto é mais ambicioso. Levar uma equipe adulta para campeonatos de maior repercussão, por que não a NBB? Encontrar empresas dispostas a patrocinar e apoiar o time é o grande problema, afinal estamos no país do futebol! Até que ponto isto é saudável para nós brasileiros? Ganha um doce quem responder.

Quase não há incentivos para esportes que não sejam o futebol. Em praças, o que não pode faltar é uma quadra de futebol de areia ou futsal. Tomamos como exemplo Curitiba, uma cidade rica em áreas de lazer e parques, é verdade que temos uma razoável quantidade de quadras de basquete, volei, pistas de skate, etc. Mas de que adianta isso se o nosso povo é, desculpe a expressão, "adestrado" para o futebol? Que fique claro que não sou contra o futebol, muito pelo contrário, apenas sou a favor da diversificação de esportes.

Faltam incentivos para clubes de basquete se instalarem e se desenvolverem profissionalmente aqui. Eu falo de um time a nível nacional, torcida lotando ginásio, bilheterias esgotadas, um espetáculo na quadra! Ginásio? Ah, lembra daquele que era do Rexona Voleibol, no Tarumã? Pois é, infelizmente eu tive o desgosto de passar por lá há algum tempo atrás e vê-lo abandonado e depredado. Só para constar, o Rexona foi para o Rio.

É claro que tudo gira em torno de um mercado potencial (dinheiro), incentivos e patrocínios ao esporte em geral, desconsidere para o futebol, são praticamente nulos. São vários os fatores: pouca visibilidade da mídia, pouco interesse governamental e, em consequência destes, não há interesse dos patrocinadores.

Em meio a este emaranhado de interesses e desinteresses, sobrevivem projetos como o Tittãs e o Lil Ballers, equipe de streetball que disputa campeonatos vinculados ao basquete de rua de Curitiba, diga-se de passagem que é um projeto bem estruturado e também vai conquistando seu espaço.

Vários momentos tenho insights e me pergunto como pode, neste mundo com mercados saturados, não abrirmos os olhos para oportunidades de novos nichos que clamam para serem atendidos! Olhos atentos a oportunidades de entrar e se posicionar no mercado, talvez este seja um dos melhores conselhos para uma empresa neste mundo globalizado, afinal, realmente só os fortes sobrevivem.

Conheçam melhor os projetos:
Lil Ballers: www.lilballers.com.br
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