quinta-feira, 3 de setembro de 2009

"Get rich or die tryin" - Tittãs Basketball

Já dizia o título do filme "Ficar rico ou morrer tentando". Seguindo essa linha de extrema determinação e foco nos objetivos, gostaria de destacar um projeto esportivo em Curitiba. O Tittãs Basketball, equipe liderada pelo técnico Roberto Souza, o Beto, é um exemplo vivo de como é essencial determinação e foco para alcançar resultados.

Vai aí, já de começo, uma importante dica: sejá lá qual for seu objetivo pessoal ou profissional "é essencial determinação e foco para alcançar resultados".

Vamos lá, conheço o time do Tittãs já há alguns anos, me lembro de uma oportunidade que tive de participar de um treino, na PUC-PR. Épocas de campeonatos locais de basquete de categorias de base, sub 15, sub 17, Liga Escolar, Copa da Prefeitura, Jogos da Primavera e por aí vai. Para muitos atletas, há o grande sonho de se tornar um jogador profissional, certas vezes é muita utopia o sonho da NBA (é utópico mesmo?), para outros é somente pelo prazer de jogar basquetebol. Alimentando estes sonhos, aparece o Beto, treinador das equipes do Tittãs, que possui um papel muito maior neste processo. Ele mesmo administra toda a equipe, desenvolve materiais gráficos para o site e banners, corre atrás de patrocinadores, cria projetos de inclusão social, camps e tudo mais o que imaginarmos ligado com marketing esportivo, relações públicas, etc.

Com muito esforço e dedicação, o projeto Tittãs Basketball segue crescendo e já tem registrado um trabalho com mais de 1000 atletas desde o início de suas atividades! Com um foco muito mais social do que capitalista, trata da inclusão de jovens de camadas mais baixas da população no esporte.

A nível social, está tudo ok, o projeto vai de vento em popa. Mas o projeto é mais ambicioso. Levar uma equipe adulta para campeonatos de maior repercussão, por que não a NBB? Encontrar empresas dispostas a patrocinar e apoiar o time é o grande problema, afinal estamos no país do futebol! Até que ponto isto é saudável para nós brasileiros? Ganha um doce quem responder.

Quase não há incentivos para esportes que não sejam o futebol. Em praças, o que não pode faltar é uma quadra de futebol de areia ou futsal. Tomamos como exemplo Curitiba, uma cidade rica em áreas de lazer e parques, é verdade que temos uma razoável quantidade de quadras de basquete, volei, pistas de skate, etc. Mas de que adianta isso se o nosso povo é, desculpe a expressão, "adestrado" para o futebol? Que fique claro que não sou contra o futebol, muito pelo contrário, apenas sou a favor da diversificação de esportes.

Faltam incentivos para clubes de basquete se instalarem e se desenvolverem profissionalmente aqui. Eu falo de um time a nível nacional, torcida lotando ginásio, bilheterias esgotadas, um espetáculo na quadra! Ginásio? Ah, lembra daquele que era do Rexona Voleibol, no Tarumã? Pois é, infelizmente eu tive o desgosto de passar por lá há algum tempo atrás e vê-lo abandonado e depredado. Só para constar, o Rexona foi para o Rio.

É claro que tudo gira em torno de um mercado potencial (dinheiro), incentivos e patrocínios ao esporte em geral, desconsidere para o futebol, são praticamente nulos. São vários os fatores: pouca visibilidade da mídia, pouco interesse governamental e, em consequência destes, não há interesse dos patrocinadores.

Em meio a este emaranhado de interesses e desinteresses, sobrevivem projetos como o Tittãs e o Lil Ballers, equipe de streetball que disputa campeonatos vinculados ao basquete de rua de Curitiba, diga-se de passagem que é um projeto bem estruturado e também vai conquistando seu espaço.

Vários momentos tenho insights e me pergunto como pode, neste mundo com mercados saturados, não abrirmos os olhos para oportunidades de novos nichos que clamam para serem atendidos! Olhos atentos a oportunidades de entrar e se posicionar no mercado, talvez este seja um dos melhores conselhos para uma empresa neste mundo globalizado, afinal, realmente só os fortes sobrevivem.

Conheçam melhor os projetos:
Lil Ballers: www.lilballers.com.br

1 comentários:

Anônimo disse...

Fábio... parabéns pelos seus artigos, muito bons mesmo!
Marketing Esportivo é um problema seríssimo, eu que faço faculdade de Educação Física entendo, dou aula de basquetebol e a procura pela modalidade é muito baixa. Só para ver como a situação é grave, em provas de atletismo em algumas categorias para conseguir chamar público, os patrocinadores (Caixa Econômica Federal) sorteia um carro zero km, fato dito pelo coordenador de marketing esportivo da Caixa durante uma palestra...
É a dura realidade da vida...

Gustavo Api

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